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PAINEL - SUDESTE

Dra. Alessandra Alves de Souza

14/09/2020 - 19:00 - 20:00

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Pesquisadora do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

Interação molecular planta-patógeno visando estratégias para controle de doenças bacterianas de citros

O Brasil é o maior produtor de laranja doce do mundo, sendo o suco de laranja uma das comodities mais importante para a economia brasileira, gerando bilhões de dólares em exportações. Apesar do número expressivo, a citricultura enfrenta problemas de ordem fitossanitária, o que eleva o custo de produção e o impacto ambiental. Dentre as doenças bacterianas podemos destacar a Clorose Variegada dos Citros (CVC), o Cancro Cítrico (CC) e o Huanglongbing (HLB), causadas pelas bactérias Xylella fastidiosa, Xanthomonas citri subsp. citri e Ca. Liberibacter asiaticus, respectivamente. Nesse sentido, o objetivo dos nossos trabalhos é entender a interação planta-patógeno para estudar genes-chave de ambos os lados que poderiam ser usados ​​para quebrar essa interação. No geral, estamos usando genes do patógeno e do hospedeiro resistente para transferir para variedades suscetíveis visando o controle do patógeno. Um dos genes do patógeno é o rpfF, envolvido no mecanismo de quorum sensing de X. fastidiosa e X. citri. Plantas geneticamente modificadas com rpfF apresentaram alto nível de resistência a CVC e ao CC em variedades comerciais de laranja doce. No lado da planta, através de análise de expressão gênica global, identificamos genes associados à resistência ao patógeno, considerados como “top genes”. Dois desses genes foram o fator de transcrição RAP2-2 e o SAMT, associado a ativação de resistência sistêmica adquirida. Esses genes foram usados para estudo funcional em plantas modelo de Arabidopsis thaliana e Nicotiana tabacum, respectivamente, onde foram caracterizados e validados quanto ao papel na ativação de defesa do hospedeiro. Posteriormente esses genes foram transferidos por engenharia genética para variedades comerciais de laranja doce. As plantas geneticamente modificadas que expressaram tais genes foram capazes de ativar a expressão de genes relacionados à defesa, diminuir a colonização bacteriana e reduzir os sintomas da doença. No geral, apresentaremos novas ideias nas quais o conhecimento da interação planta-patógeno pode ser usado para se obter plantas resistentes ao patógeno.

Dr. Hélvio Ferraz

14/09/2020 - 20:10 - 21:30

Gerente de Pesquisa da Agrobiológica Soluções Naturais

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Aplicação da tecnologia On Farm para o controle biológico de doenças de plantas no Brasil – Riscos e Benefícios

A agricultura on farm cresce vertiginosamente de norte a sul do Brasil. Cerca de pelo menos 10% dos sojicultores brasileiros utilizam alguma modalidade de controle biológico em suas propriedades. Somente na cultura da soja, o uso de agentes de controle biológico é realizado em 3,6 milhões de hectares. Entretanto, a tarefa de multiplicar alguns destes agentes de biocontrole, como bactérias benéficas a plantas, não é tão simples. Abordaremos os avanços e as dificuldades na agricultura on farm, sob a perspectiva da multiplicação e utilização de bactérias benéficas a plantas.

PAINEL - NORTE

Dra. Ruth Linda Benchimol

15/09/2020 - 19:00 - 20:00

Pesquisadora Embrapa Amazônia Oriental

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Doenças de etiologia fúngica em espécies florestais na Amazônia: um breve histórico

Um dos fatores de risco que envolve a implantação e manutenção de atividades econômicas com espécies florestais nativas ou exóticas na Amazônia é a ocorrência de doenças de etiologia fúngica, que são favorecidas pelas condições climáticas do trópico úmido, com temperatura e umidade relativa do ar elevadas durante a maior parte do ano, e pela instalação de monocultivos extensos, aliada à ampla utilização dessas espécies em Sistemas Agroflorestais (SAFs) impulsionados pelo desenvolvimento acelerado da silvicultura na região. Historicamente, os fungos tem provocado perdas econômicas significativas em grandes empreendimentos silviculturais e agrícolas na Amazônia, a exemplo do mal-das-folhas da seringueira (Microcyclus ulei) e da vassoura-de-bruxa do cacaueiro e cupuaçuzeiro (Moniliophtora perniciosa), dentre outros (DUARTE, 1989). Mais recentemente, da década de 1980 até o presente, as principais doenças de etiologia fúngica que ocorreram em mudas, cultivos isolados ou SAFs estabelecidos na região amazônica causando danos em raízes, caule, ramos, folhas, flores e frutos, foram reunidas em revisões, levantamentos e pesquisas feitos por Ferreira (1989), Benchimol e Albuquerque (1998), Benchimol et al. (1999), Gasparotto (2003), Assis (2006), Verzignassi et al. (2009), Assis et al. (2010), Ferreira e Milani (2012), Gasparotto e Pereira (2012), Tremacoldi (2013), Gasparotto et al. (2014), Nascimento (2018) e Siviero et al. (2019), nas culturas da acácia (Fusarium, Oidium, Corticium, Lasiodiplodia), acapu (Septoria, Phomopsis, Pestalotiopsis, Colletotrichum), andiroba (Pestalotiopsis, Cylindrocladium, Meliola), araticum (Cercospora), castanheira- do-brasil (Aspergillus em frutos Cercospora, Clasterosporium, Phytophtora, Yamamotoa), cedro (Cercospora, Meliola, Rhizoctonia, Pseudobeltrania), cupiúba (Discophaerina), embaúba (Cercospora), eucalipto (Coniella, Cylindrocladium, Puccinia), (freijó-louro (Fusarium), ipê ou pau d ́arco (Apiosphaeria, Asteromidium, Corynespora, Cylindrocladium, Erysiphe, Handoanthus, Oidium, Phaeroramularia, Phyllactinia, Polychaeton, Prospodium, Sclerotium, Septoria), jarana (Uredo), jatobá (Amazonia, Asterina, Colletotrichum, Crossopsora Erythrogloeum, Meliola, Pestalotiopsis, Phomopsis), louro-amarelo (Drepanocones), mogno africano (Cercospora, Corticium, Corynespora, Curvularia, Cylindrocladium, Erytricium, Lasiodiplodia, Rigidoporus, Thanatephorus), mogno brasileiro (Cylindrocladium, Colletotrichum, Meliola Sclerotium), oiti (Colletotrichum, Phakopsora), paricá (Fusarium, Lasiodiplodia, Phyllachora), teca (Colletotrichum, Ceratocystis, Cylindrocladium, Oliveae, Rhizoctonia), pau-de-balsa (Rhizoctonia), pau-rosa (Colletotrichum, Phomopsis, Meliola), pinheiro (Rhizoctonia, Fusarium, Pythium, Cylindrocladium, Dothiostroma, Davisomycella, Lophodermium), seringueira (Ceratocystis, Colletotrichum, Corynespora, Lasiodiplodia, Microcyclus, Oidium, Periconia, Phyllachora, Phytophtora, Rigidoporus, Phellinus, Thanatephorus), tatapiririca (Cladosporium, Colletotrichum), teca (Oliveae, Rhizoctonia, Colletotrichum, Cylindrocladium, Ceratocystis), tento (Dicheirinia, Uromyces) e umarizeiro (Pestalotiopsis), dentre outras. Essas doenças incidem mais frequentemente em mudas enviveiradas, pela alta disponibilidade de água, adensamento de mudas, condições climáticas favoráveis e presença abundante  de tecidos tenros, dentre outros, conforme Grigoletti Jr. et al. (2001), que apontam o manejo pela integração de práticas culturais diversificadas no viveiro, como local de instalação, seleção do material de plantio, épocas adequadas de semeadura, repicagem e retirada de mudas, manejo da irrigação, drenagem e sombreamento, desinfestação da área, do substrato e de recipientes e instrumentos agrícolas, poda sanitária e descarte de mudas, objetivando tanto a redução de inóculo inicial de patógenos bem como a redução da progressão de doenças já instaladas. Em monocultivos e SAFs, o uso de porta-enxertos resistentes, enxertia de copa e plantas tri-compostas, além da poda fitossanitária, adubação e manejo da água adequados são algumas práticas que tem, evolutivamente, auxiliado na minimização de problemas fitossanitários em áreas extensas cultivadas com espécies florestais na Amazônia. 

Dra. Jânia Lilia da Silva Bentes

15/09/2020 - 20:00 - 21:30

Professora da Universidade Federal do Amazonas

Corynespora cassiicola no Amazonas: o quê sabemos?

No estado do Amazonas o fungo Corynespora cassiicola afeta diversas culturas perenes e anuais, sendo o principal patógeno de parte aérea de tomateiro. Alguns estudos têm sido realizados visando compreender o comportamento deste fitopatógeno na região, desde aspectos da biologia básica, como crescimento em diferentes meios de cultura, variabilidade genética e resistência a fungicidas, buscando agregar conhecimentos para manejo da doença no campo.

PAINEL - CENTRO OESTE

Dra. Andressa Cristina Zamboni Machado

16/09/2020 - 19:00 - 20:00

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Pesquisadora no Instituto Agronômico do Paraná

Dra. Kelly Simões

16/09/2020 - 20:10 - 21:30

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Pesquisadora no Laboratório de Resistência da BASF 

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Avanços e desafios no manejo genético de nematoides

O manejo de nematoides com cultivares resistentes é o método ideal de manejo, mas poucas opções estão disponíveis no mercado com níveis elevados de resistência e alta produtividade para os nematoides de galhas e o nematoide de cisto da soja. Para Pratylenchus brachyurus, o principal nematoide que ataca a soja no Cerrado brasileiro, entretanto, até o momento não foram encontradas fontes de resistência. Portanto, avanços científicos são necessários para vencer os desafios encontrados no desenvolvimento de genótipos resistentes, buscando-se um impacto econômico positivo na produção agrícola brasileira.

Atualização do Cenário de Resistência da Ferrugem Asiática da Soja à Fungicidas

Aguardando mais informações

PAINEL - NORDESTE

Dr. Sami Michereff

17/09/2020 - 19:00 - 20:00

Professor na Universidade Federal do Cariri 

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Dr. Fernando Haddad

17/09/2020 - 20:00 - 21:30

Pesquisador Embrapa Mandioca e Fruticultura

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Avanços nos estudos de Macrophomina e Rhizoctonia em feijão-caupi no Nordeste brasileiro

Os fungos Macrophomina e Rhizoctonia são importantes patógenos radiculares, causando doenças em mais de 600 espécies botânicas. O feijão-caupi é muito cultivado no Nordeste brasileiro e, apesar da grande adaptação às condições edafoclimáticas, as doenças causadas por esse fungos reduzem drasticamente a produtividade dessa leguminosa. Nos últimos anos têm sido intensificados os esforços de pesquisa envolvendo as doenças causadas por Macrophomina e Rhizoctonia em feijão-caupi, com ênfase na detecção molecular dos patógenos, filogenia molecular das espécies, adaptabilidade e epidemiologia comparativa das espécies, bem como estratégias de manejo cultural e genético.

Biotecnologia no controle genético do mal do Panamá

Trabalhos para o manejo da principal enfermidade da bananeira, a murcha de Fusarium, causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense, estão em desenvolvimento na Embrapa Mandioca e Fruticultura em interação direta com produtores. São ações para mitigar os efeitos da doença, como o desenvolvimento tecnológico de agentes biológicos integrando com práticas culturais e utilização de genótipos resistentes para este fim.

PAINEL - SUL

Dr. Douglas Lau

18/09/2020 - 19:00 - 20:00

Pesquisador Embrapa Trigo 

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Dr. Leonardo Araújo

18/09/2020 - 20:10 - 21:30

Pesquisador na Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina - Epagri 

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Plataforma integrada para monitoramento, simulação e tomada de decisão no manejo de epidemias causadas por vírus transmitidos por insetos

Epidemias de Doenças cujos patógenos são Transmitidos por Insetos (EDTIs) são frequentes e impactantes nas áreas da saúde humana, animal e vegetal. Devido à sua complexidade, a compreensão da dinâmica das EDTIs requer o acúmulo de dados epidemiológicos oriundos de redes de monitoramento e o uso de modelos que estabeleçam a cadeia de relações entre os seus componentes e calculem, sob oscilações ambientais, a razão e o progresso dos processos biológicos envolvidos. Este grupo de pesquisa vem trabalhando no desenvolvimento de uma plataforma, disponível via web, que integra sistemas de gerenciamento de dados, modelos de simulação do hospedeiro e de insetos vetores, para auxiliar a tomada de decisão de manejo de EDTIs. O estudo de caso a ser apresentado é o patossistema gramíneas-afídeos-barley yellow dwarf virus, composto de múltiplas redes tróficas e que se disseminou e evoluiu com a expansão do cultivo de cereais pela humanidade.

PIM:  Programa de produção integrada para controle de doenças da macieira

Sistemas de produção integrada para manejo de doenças de plantas utilizando estratégias que visam a redução do uso dos defensivos agrícolas são conhecidos no Brasil, embora pouco praticados. A PIM (produção integrada de maçã) é um dos programas pioneiros no país e que utiliza várias destas estratégias para manejo de importantes doenças da macieira, a exemplo da sarna, mancha foliar de Glomerella, cancro europeu e podridões.

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